“Pensamos que fosse um engano e checamos os registros de novo”, contou Vic Gundotra, diretor da área de celular do Google, durante o 3GSM, em Barcelona.
O susto aconteceu depois que a empresa descobriu que os usuários de iPhone usam a busca do Google 50 vezes mais que os de qualquer outro aparelho. O executivo usou a informação para reafirmar a esperança no mercado de internet nos telefones móveis e chegou a dizer que em alguns anos ultrapassará as buscas em computadores.
O iPhone chama à navegação. O Mobile Safari e a inteface sensível ao toque são perfeitas para acessar a web no celular. E o mesmo acontecerá este ano com uma série de aparelhos, como o X1, da Sony Ericsson. É uma tendência que chegou para ficar.
“Queremos que todos os telefones sejam um Google Phone”, explicou Gundotra, descartando mais uma vez a criação de um celular com a marca da empresa. Mas enfatizou que a melhor forma de fazer isso é oferecer um ótimo sistema operacional para os aparelhos - o Android.
O interesse do Google pelos celulares não é de hoje e passa, obviamente, pelo potencial publicitário. Nos EUA, a empresa acabou de perder a exclusividade da busca no portal da operadora T-Mobile para o Yahoo, mas Gundotra é claro ao dizer que isso nada representa. “Os usuários querem cada vez mais navegar fora do site da operadora”.
Ele tem razão, mas indiretamente o Google perpetua esse paradigma ao realizar acordos como o do YouTube com a TIM e em potencial com a Claro. Negócios são negócios, e a empresa estará em qualquer lugar.
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